30 maio 2007

Crime Maior

E se ela não existir?
E se for apenas um produto da minha ingênua abstração?
E se não for presságio de calmaria?
E, se tiver o dom de ludibriar o coração de quem leva fé, e vai até a fé?
A ansiedade que bate....
A angústia que espanca...
E a esperança que fortalece.
Será que podem ser conjugadas no mesmo verbo?
Nunca fui refém do medo e tive como oráculo, a liberdade, acima de todas as adversidades. Mas essa liberdade pode ser uma prisão letal.
Sentenças podem ser assinadas, por homens de capa preta. Martelos devem ultimar as penas que serão impostas.Tenho certeza de que elas não serão leves, pois não é do caráter punitivo o dom de abrandar as conseqüências.
Pena sem pena.
Cada um em sua cela fará sua introspecção, a espera do grande dia... Aquele em que seremos – ou não – apontados em praça pública, como os contraventores, os pecadores, os subversivos da ordem emocional.
Quando acredito que a utopia começa a tornar facetas humanas, duvido até o último.
E se ela não existir?
E se for apenas um produto da minha ingênua abstração?
E se não for presságio de calmaria?
Agora já é tarde e pouco me importa se ela existe ou não.
Honestamente, quero senti-la, e se ela existir de verdade, me tornarei o mais novo meliante. Punido pelo crime de amar de forma amena e singela, quem cometeu o crime maior: roubar meu coração e não devolve-lo, sem que sua alma hedonista me tenha em seus braços.

Um comentário:

Paulinha Barboni disse...

Se não fosse para amar de forma tão intensa não valeria de nada.
Se ela souber ler suas entrelinhas, será válido. Do Contrário, ela é uma utopia sim!

Comento aqui pela segunda vez e eu ainda não tive o seu comentário...

beijos