09 maio 2007

Honra ao Mérito

Sinto as palavras em meu colo. Por mais que esteja frio, hoje tenho que sair com elas. Balanço meus braços de um lado a outro, na intenção de acalentar o frio que é inevitável, pois decidi sair e enfrentar o caminho das contradições e percalços.
A essência da minha vida não foi perdida com o tempo, nem levadas pelas ondas, muito menos pelo vento.O fogo ainda não se apagou. Existe uma pequena chama acesa que me aquece e me protege do frio. Por isso, concordo plenamente quando dizem que para amar as palavras, basta senti-las. Não me precipito em dizer que são elas de amor, por que nem eu tenho certeza do mesmo. São apenas palavras... O poder está no toque de suas palavras, no toque macio que lavam meu sofrer... Meu penar... No toque de nossas linguagens.
Já tentei esquecer o real significado do amor.
Já tentei ludibriar a veracidade das palavras.
Já tentei encontrar racionalidade em coisas feitas por seres pacionais.
Mas a única palavra que surge após estas tentativas é o fracasso.
Sim, um fracasso com gosto de sucesso, pois a felicidade que transborda dos olhos de quem ama, é tão sincera quanto a lágrima que escorre do peito de quem permite se confundir com o mérito de nossa voz: o sorriso.

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