04 maio 2007

Bruços

Debruçado, solitário no afago da dor.
Contaminado pela tolice vã do amor.
Foragido dos sonhos mais deliciosos,
E indiciado pelo crime de ter fé.

Coexiste a ignorância de quem acredita,
E a pureza de quem sempre se habilita.
Constantes são seus desejos alucinógenos,
Determinado pelo tempo, não foi, apenas é.

Não sabe até quando sua alma existirá.
Mas com bravura, vive sem se encontrar.
Tropeça, esbarra, vive de marra, vive na farra.

Levanta, se encanta, se espanta com o sol.
A noite, sem açoite, debruça sobre o farol.
No horizonte, não vê mais medo. Vê apenas seu segredo.

Um comentário:

Anônimo disse...

vc é maravilhosa