18 novembro 2008

Estranho Buffet

Intruso.
Poderia ficar lá fora,
Assoprando o cair da noite,
Fazendo companhia para a lua.
Mas não. Não se conteve. Invasor.

As frestas, as cortinas...
As festas... Que festas?
Não foi responsável
Por apagar as velas do bolo.
Essa noite não tem confete.

Nada de céu de brigadeiro,
De beijinho, de balão,

De crianças felizes.
A noite é uma velha caduca
Prestes a bater as botas.

O vento, intruso,
É apenas um m
ero
Prestador de serviços.
Poderia ficar lá fora,
Mas essa noite,

Assinou contrato
Com um Estranho Buffet.

09 novembro 2008

Paixão Pela Paixão

Não é mais um rosto perdido no escuro.
O brilho, antes intermitente,
Sem embaraço, resolve aparecer.

Ele, que não ficava mais consigo,
Permitiu-se um pouco mais.
Marcou uma reunião com seus princípios,
Sua moral, seus instintos...

Soubera que havia uma voz que gritava,
Apenas não se deu conta de que era a intuição.

Sem medo de arriscar, se conservou.
Parou no tempo, e ganhou tempo pra si.
Amadureceu como o verde da esperança.

Flertou com sua alma,
Abraçou sua tranqüilidade.
Apaixonou-se.


Nada além,
Apenas paixão pela paixão.