04 junho 2007

Sol Maior

Ainda na terra das “brisas leves”, das motos desgovernadas, dos padres gays e das cotubas japonesas, a prosa se despede da sua primeira jornada.
Me despeço de uma cidade pacata e bucólica, na qual seus moradores, por imposição de uma força maior, quase inexplicável... vivem em disparado.
Contradições entre a paz de espírito, o ar puro, se acentuam com o pequeno trânsito frenético dos arredores do centro. Nos supermercados, donas de casa apressadas, maridos barbeiros no volante, igualmente às grandes regiões metropolitanas.
Mas é aqui que reside a poesia.
Bela como minha imaginação projetava...
Forte como meu coração desejava...
Chorona, como era de se esperar...
Foram quase três dias de uma experência única, no qual descobri que utopias só são utopias, porque em grande parte das vezes , nós temos preguiça de transformá-las em realidade.
Essa preguiça pode ser substituida por medo, por precaução, por angústia, mas seja qual for a nomenclatura deste subterfúgio, será sempre uma maneira de nos afastar do sonho maior. Do nosso sol...
Já aplaudiram o sol dela em perfeito tom com as notas musicais, mas mesmo assim, ela ainda achava que seu acorde se aperfeiçoaria com a minha presença.
Para um acorde, são necessários mais de três intervalos, mas são tantos intervalos que se assim fosse não seriam mais adágios, e sim longas canções compostas.
Até então a poesia ouvia apenas a melodia de um choro sem afinação que pecava pelos mesmos erros.
Sabia que eu queria voar, mas que a grade não deixava.
Ela dizia que tocar das minhas palavras lhe dava a paz que pedia o seu coração. Confundia a trilha sonora de suas lágrimas com o pano de fundo do timbre da minha voz.
Ela queria ensurdecer, e não mais dormir...
Queria sentir a presença da minha essência, dentro do brejo,
Porquê viver naquele castelo, não queria mais...

SAPO e PRÍNCIPE;

CASTELO E BREJO;

O que mais a completava?

Dizia que o castelo e o sapo, pois quando se vive um grande amor fadados de erros compreensiveis, ganha-se um castelo, onde todos os sonhos são realmente possibilidades de felicidade, em um jogo, que controlamos as peças.

Hoje a peça chamada prosa está no tabuleiro da poesia, visitando quem o faz feliz por dentro, por fora e pelo o avesso... amando cada momento e guardando-os para a eternidade de um feliz e delicioso conto de fato, uma utopia real, que se toca, se beija se abraça e se completa.

Transbordar de alegria é tocar os acordes de um Sol Maior.

Um comentário:

Anônimo disse...

As vezes nao controlamos as pecas Duds... Beijinhos. Rose mae da Re.