25 junho 2007

Ondas de Esquina

Finge que és nobre e audaz.
Lembra que é pobre e incapaz.
Sonha que é muro e fortaleza.
Cai e se posta sem grandeza.

Menino sem ritmo e sem crença.
Homem sem rito e sem presença.
Ausente do sonho e da ilusão.
Constante e audaz em seu coração.

Finge que não tem pra onde ir.
Vai até a onde conseguir.
Volta e meia trás como consolo
A leveza do olhar, ingênuo e tolo.

Menino sem hora pra crescer.
Ora é a senhora a tecer.
Palavras estranhas e sem razão.
Naufragam no barco da dispersão.

Eis, que distante fez-se o mar.
De esquina pro mundo sem penar.
Em suas águas doces, o sol se põe.

Não importa se corre para o rio.
Não denota o sonho que existiu.
Sem entrevista, se atreve a existir.

Não finge, não lembra,
Não sonha, não cai.
Pequena Esperança,
És sonho ... És mar.

2 comentários:

Marcellinha disse...

Eu precisava comentar, mas nem sei o q dizer...


:')

Anônimo disse...

e eu insisto em dizer:

sonho é a realidade fora do viver, que nos alivia da dor do mundo lá fora.