Finge que és nobre e audaz.
Lembra que é pobre e incapaz.
Sonha que é muro e fortaleza.
Cai e se posta sem grandeza.
Menino sem ritmo e sem crença.
Homem sem rito e sem presença.
Ausente do sonho e da ilusão.
Constante e audaz em seu coração.
Finge que não tem pra onde ir.
Vai até a onde conseguir.
Volta e meia trás como consolo
A leveza do olhar, ingênuo e tolo.
Menino sem hora pra crescer.
Ora é a senhora a tecer.
Palavras estranhas e sem razão.
Naufragam no barco da dispersão.
Eis, que distante fez-se o mar.
De esquina pro mundo sem penar.
Em suas águas doces, o sol se põe.
Não importa se corre para o rio.
Não denota o sonho que existiu.
Sem entrevista, se atreve a existir.
Não finge, não lembra,
Não sonha, não cai.
Pequena Esperança,
És sonho ... És mar.
2 comentários:
Eu precisava comentar, mas nem sei o q dizer...
:')
e eu insisto em dizer:
sonho é a realidade fora do viver, que nos alivia da dor do mundo lá fora.
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