15 junho 2007

Ânsia de ser Presente

Não me arrependo do que fiz,
Mas já disseram que não é para fazer de novo.
Não compreendo os porquês...
Talvez porque não haja o porquê.

Me afasto... Apenas me afasto.
Gostaria de ser uma reminiscência.
De ser lembrança de bons dias,
Mas minha ânsia de ser presente custou caro.

Nem dor profunda consigo sentir.
Preciso pôr em direção meu caminho.
Mas ainda sou avesso sem rumo.

A esperança bateu em minha janela,
Enquanto a sensatez a expulsara.
Se fosse orgulho, seria mais fácil.

Só que é distância. Pura distância.
Seria bom se fosse orgulho, ou desconfiança,
Pois se assim fosse, nada como um simples olhar,
Para colocar os sentimentos no lugar.

Mas não podemos nos ver agora.
Existe um véu que cega e que nos perturba.
Chega de turbulência. Esperemos a calmaria.
Aquela, que com ódio lembramos de ontem.

Aquela, que com ódio lembramos do antes de ontem.
A que estaria por vir. E aquela que tem ilusão que é porvir.
Mas somos presentes. Por mais que estejamos ausentes.

Ausentes de nosso sonho. Distantes do avesso.
Sem prosa, sem poesia, sem linguagem.

Somos a espera de uma nova sintonia.

Um comentário:

Anônimo disse...

A culpa, ocupa meus pensamentos...
Oculta o que relmente achei q pensasses...
Mas uma vez sem sintonia... Dói... sem luzes da ribalta... Cego.
O ditador é terrorista...
Socorro!
Tempo presente, retrográdo, mas jamais moderno.
Quero exilio para a terra da poesia. E voltar a ser o ue fui um dia.
A prosa me completava...
Agora teme e julga minhas rimas...