13 março 2006

Ronaldos e Eduardos

No último domingo, em coluna publicada no jornal Folha de São Paulo, o jornalista Juca Kfouri salientou que ainda acredita em “Ronaldos”.
O atual melhor jogador do mundo, eleito pela Fifa(diga-se de passagem, por duas vezes ) é , sem a menor dúvida, nome certo para brilhar na Copa do Mundo da Alemanha que ocorrerá daqui a 87 dias. O talento e a genialidade de Ronaldinho Gaúcho, fazem do craque uma unanimidade nacional e internacional. O ex-craque Tostão declarou no mesmo jornal que “Ronaldinho só está abaixo de Pelé, igualando sua habilidade ao lado de jogadores como Garrincha e Maradona”.
Um exemplo claro de sucesso.
Por outro lado, Juca aposta suas fichas em Ronaldo do Real Madrid, o antigo “Fenômeno”.
Assim como o jornalista, milhares de brasileiros, entre eles eu e o presidente Lula, têm a nítida noção de que o jogador novamente superará seus conflitos, já tão constantes.
Ronaldo vive a roda gigante da vida: Um dia está lá no céu, nas alturas. Tem picos de felicidade e se sente o dono do mundo. Em outro, está embaixo e não vê expectativa de subir. Nessa roda gigante da vida, às vezes quem está em cima cospe na cabeça de quem está embaixo.
Da mesma forma que cuspiram em Ronaldo, fizeram com o ex-técnico corinthiano Antônio Lopes. A alta cúpula do clube paulistano não deu ao treinador estabilidade para que o mesmo fizesse um trabalho harmônico e o que era pra ser um plantel de jogadores de futebol tornou-se um contingente militar.
Não que eu seja contra uma guerra civil no Corinthians, mas este tipo de fato só evidencia que quando não há comando, não há disciplina. Não falo como um general, nem como um técnico linha dura( Felipão e Parreira têm como livro de cabeceira “A Arte da Guerra” de Sun Tzu), apenas alerto que para que essa falta de comando seja suplantada, deve haver uma anarquia consciente, semelhante à democracia Corinthiana, da Década de 80.
Para vencer este jogo, não precisa de “dadinhos de brinquedo”.
Chegar até ao topo, já é chegar até o final.
Mas qual é o benefício de atingir o apogeu, sendo que ainda há muito que viver?
Certo vez, o historiador Hugo Leonardo Dias defendeu a tese de que vivemos o Play Station de Deus: um jogo no qual o todo poderoso é o grande controlador de nossas ações: ele que nos dá créditos, “continues”, e decide o veredicto, o chamado game over.
Se as coisas acontecerem realmente desta forma, Deus ainda dará muitos créditos aos “Ronaldos”, aos “Severinos”, aos “Eduardos”...
Espero que ele não seja corinthiano, porque se for, em breve vai tirar todos os créditos que concedeu a este humilde tricolor. Exceto é claro, aqueles "continues" por vitórias que consegui vencer sozinho, no adverso jogo da vida.

2 comentários:

Robson Assis disse...

Ronaldos, Eduardos e Robass, diga-se de passagem.

Até quando?!!!

O gerente que me aguarde. Vou colar lá com Procon, Polícia Federal e tudo mais, tá pensando o que?

Chegar ao ponto mais alto da sua vida pelo menos faz vc ter lembranças boas...

Aquele forte abraço.

Anônimo disse...

ah, o ronaldo tá gordo demais!
e só uma opinião... acho q se vc deixasse essa vida de bambi, tu ia vencer bem mais. experiencia propria, viu. pense no caso.