29 novembro 2007

Entre Preâmbulos e Epílogos

Eis o preâmbulo tacanho de uma amável dor.
Corrói o coração em incomensurável lástima;
Refuta a ânsia de ser tenaz e austero. Único,
Deslumbra-se com a visão de um ermo hostil.

Tua bravata, tua fiel e inseparável concubina,
Abandona teu olhar. A luz da noite, converge
À quimera torpe da esperança.Quase fracassa,
Mas, a sua estupidez, se fortalece com tolices.

Acredita em si, mas deverias desistir do mundo.
Renuncia velhos conceitos, e avigora-se, solitário.
Dá seus passos, e, sozinho, enfim se encontra.

Não foi Deus. Tampouco, os seus intercessores.
Talvez a primeira e exclusiva dádiva conquistada.
Paradoxal, talvez o epílogo de uma dor amável.

3 comentários:

Anônimo disse...

q lindo..
nossa.. profundo..
senti uma dor..
lembrei-me de algumas coisas..
sem palavras para descrever..

=**

Anônimo disse...

Lágrima

Surge no avesso, uma dor pulgente. É resultado de uma ferida cuja razão, cicatrizante, não consegue fechar.
Através dos olhos traz a cura: Desliza sobre a pele, preenche cada lesão.
Absorvida pelas rugas, de forma paradoxal remedia o intelecto, faz o coração sarar.

Anônimo disse...

*pungente

;)