05 setembro 2008

Sincera Ignorância

A felicidade é a mais sincera ignorância.
É a certeza de um saber incerto, mutável.
A necessidade do perdão, do afago torpe.
A vontade indubitável de ser ignorante.

Os versos que correm soltos, prendem-se
Na voz do corpo que sente apenas dor.
Faz curva para tencionar, faz choro para
Lamentar. Faz som para, em paz, calar.

Quem manda em nós, já não somos nós.
Quem manda em mim, já não está aqui.
Quem manda em você, já não está em ti.

E quem manda nas lágrimas?

Ontem mesmo era a sincera ignorância.
Hoje é o encanto que veio do teu mar,
Amanhã, as ondas nos levarão ao porto.

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