28 setembro 2008

Antes do Sol

E este amor nebuloso que se fez em mim?
Outrora dissera em palavras atenuadas,
Que não era amor, que era apenas paixão.
As nuvens se foram, junto com o outono.
A primavera se apresentou, e nada de flores.
O verão está na fila, o sol se espreguiça,
Faz alongamento, mas nada das cores.
Preto, branco, pele, carne, desejo e penar.
Fábulas e alegorias de um sonho real.
Ou pesadelo utópico que se apresenta.
O jubilo que se aproxima, e isso se comemora?
Tem motivo para festa? Não consigo enxergar.
Num está na hora de zerar novamente?
Em silêncio, recolho os cacos de idéias.
Em dispêndio, minhas forças, minha paciência.
Não existem mais motivos para continuar assim.
Se isso é existir, que eu brinque de ser utópico.
Que eu renasça a cada dia, se possível antes do sol.
Que eu nem durma, e que o porvir seja sonho.
Mas um sonho sincero, minha fiel e companheira...
Realidade Sonhadora.

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