27 julho 2009

A Influência do Influenza

Pela primeira vez, depois de todo o alvoroço do anúncio de uma pandemia mundial, tive a oportunidade de ver alguém - em um dia comum e longe de qualquer ambiente hospitalar - utilizando as caricatas máscaras de proteção respiratória, um marco da nova gripe.
Foi estranho, porque estava na entrada do metrô Capão Redondo (mais uma vez o metrô rendendo história) e apesar do tempo cinzento, não havia motivo aparente para a utilização deste artifício. Era uma moça, aparentemente uns 20 anos. Nada de neura de velho.
Para encobrir algum tipo de escândalo, ou medida que seja contraria ao status quo vigente é praxe que tragédias ganhem espaço na mídia. Sempre foi assim. Quando não tragédias, grandes festas como Carnaval, Copa do Mundo, Olimpíadas e eventos de massa fazem com que assuntos escusos como o atual escândulo do Senado Federal fiquem um tanto quanto ofuscados. Se bem que desta vez, parece que a mídia faz uma mea culpa e tenta fazer uma caça as bruxas em Brasília. Resta saber se terá resultado e o quão real é essa vontade de que os fatos sejam deveras apurados, e o quanto disso tudo é simplesmente jogo de cena.
Todo esse alarido em relação a nova gripe é muito estranho, pois só em São Paulo "A gripe comum foi responsável por 17 mortes por dia no ano passado. Ao todo, 6.324 pessoas morreram na cidade em 2008 devido a males provocados pela gripe, como pneumonias, bronquites e outras doenças pulmonares".
Segundo noticiou a Folha de São Paulo, com base em dados da Prefeitura e do Ministério da Saúde. http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u600207.shtml
As Mortes do vírus H1N1 chegaram no último domingo ao número de 38, sendo que a primeira foi constatada no dia 28 de Junho, praticamente um mês atrás. Ou seja, se fizermos uma média diaria nacional, o número de mortes por dia é de pouco mais de um, mais precisamente 1,31 mortes/dia.
E esses óbitos, assim como na gripe comum, não foram de casos que aconteceram da noite para o dia. Sem uma outra doença que inluenciasse diretamente o vírus, não aconteceram casos de morte súbita. Trata-se de um vírus 'irmão', que só vira protagonista quando algum tipo de moléstia ou problema no organismo se manifesta em consonância ao seu desenvolvimento no corpo humano.
Diante desses fatos, trata-se de um tremendo absurdo a utilização de máscaras preventivas em um cenário tão próximo a uma situação de doença comum, que só se manifesta devido ao alastramento de uma outra, como fora com o vírus HIV em meados dos anos 80. Assim como naquela época, muita desinformação e folclore cercaram as duas doenças. A constar que na década de 80, o acesso a informação era muito mais precário.
Ao ver aquela menina, deu vontade até de pedir os números da MegaSena para a guria, porque imaginar que o vírus vai se expandir de tal forma que ela será a escolhida, é uma situação tão inesperada e improvável, que,se ela realmente pegar o vírus, pode estar pronta também para informar quais serão as dezenas premiadas de qualquer sorteio da Mega, pronta para dizer quem será o novo Campeão Brasileiro, o novo Presidente e até a nova tragédia que encobrirá toda a falta de vergonha na cara que se passa nos corredores mais sombrios de Brasília.

2 comentários:

Nath disse...

Também já vi pessoas usando as máscaras no trem.
As vezes assusta.

Beijo menino!

Le Clown disse...

pois eh, vamos ficar todos em casa usando roupas anti-radiação
http://www.soquadrinhos.com/wiki/images/7/70/Soldado_ima.gif


¬¬

Pro inferno gripe aviária, suina e etc.

Se fosse assim já eramos todos zumbis!

Quanto aos políticos, já não comento.

Enfim

curti o Blog.
Tô percebendo que não consigo ficar sem o meu.