10 junho 2009

Utopias a Deriva

Não sou tatuador, designer, DJ, ator de enlatado gringo, ou muito menos um rockstar.

Após 25 anos, continuo bancário, solteiro, e morando com os pais. Não viajei o mundo como jogador de futebol famoso; não fiz turnê pelas principais cidades do país, deixando em cada aeroporto a saudade em uma menina que teve sua noite de sonho, com o ídolo de sua banda favorita; Não participei de congressos em outros estados para dar em cima de mulheres comprometidas, que, por aventura e curiosidade, ficariam tentadas a me conhecer.

Não o fiz.

Sonhos e Utopias ficaram a deriva.

Reservei ao meu deleite apenas o prazer de escrever. E, sequer, escritor virei.

Descubro que uma pessoa que esteve presente em um dos momentos mais difíceis da minha história, há mais ou menos três anos atrás, hoje está próxima a lançar um livro de poesias. E, justamente essa pessoa, que celebra sua obra, foi a principal responsável pela minha queda, naquela época.


Para ele, a glória enfim chegou. E, se diziam que a justiça da vida é feita ainda em terra, algo está errado. Ele está no topo. E eu, no mesmo lugar.

Quando achei que encontraria conforto em alguém, me confortei com o comodismo, ou me desesperei com a imprevisibilidade.

Não acho mais nada enquanto não me encontrar.

Nenhum comentário: