12 maio 2008

Um Lago Para o Jardim

Não sabe se bastou.
Não sabe se fez a melhor escolha.
Tem apenas um minuto para compartilhar a ansiedade e agonia, com a leveza da perda.
Sente-se leve por se perder.
Descobriu os sentimentos nos momentos errados, mas acertou seu caminho.
Não tinha idéia de onde iria parar, nem sabia o que estava parado em sua vida.
Deu um passo pra trás, talvez; um tiro no pé, quem sabe?
Entre muitas dúvidas, compartilhou o silêncio, e, sem entender nada, lembrou-se do telefone que não atendeu. Ou atenderam? Não sabe. Nunca foi adivinhador, nunca teve esse dom. Sempre foi mais casmurro.
Lembrou-se da última noite, o último beijo, e da certeza de que a harmonia, voltara aos seus olhos. Lágrimas despudoradas simplesmente trilharam o caminho de seu rosto, e enquanto caiam, eram apenas reminiscências de sua ascensão.
Um abraço.
Via apenas um lago.
Um lago para o jardim.
Da água que bebeu, da história que plantou, das lembranças e utopias, tudo existiu. E assim bastou.

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