26 maio 2008

Leitura Morta

Se eu não souber mais o que escrever,
Não pense que eu não sei o que quero dizer.
Às vezes, meu silêncio é tão falante.
Tagarela anseio, na mais pura verborragia.
Silenciosa, sim. Mas pura, a mais pura.

Se não souberes ler minhas palavras,
Leia minhas obras como ser.
Se deixei alguma coisa em ti,
Se deixei alguma esperança em mim.
Leia em meu olhar.
Leia ao me olhar.

Se não conseguir enxergar minha essência
Não se preocupe mais comigo.
Não serei mais necessário.
Dê de ombros.
Já serei leitura morta mesmo.

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