28 junho 2006

"Brasileiro, Maloqueiro e Sofredor"

13 de junho de 2006, enfim chega o grande dia da estréia da tão badalada seleção brasileira. Resultado de 1 x 0 magro, contrastando com o físico de Ronaldo, já popularmente conhecido como Ronalducho.
Segundo jogo, todos esperavam que aquela primeira atuação tivesse sido atípica, coisas de nervosismo de estréia em Copas. Mais uma vez a pátria das chuteiras se enganou.
Durante o pífio jogo contra a Austrália, um amigo disse exatamente o que estava acontecendo com a nossa seleção: "Isso tá pior do que jogo do Corinthians quando o Parreira era técnico". Todo mundo convordou, mas o Robas foi além:"Pode crer! Brasileiro, Maloqueiro e Sofredor", em alusão à um dos principais hinos do time da marginal sem número
Brasileiros pelo simples conceito de nacionalidade.
Maloqueiros, por que é impossível desvincular a imagem do povo brasileiro daquele esteriótipo de Macunaíma. Basta ver quando tem alguma festa. Que povo do mundo é tão "causador" quanto esse? Que povo é esse que não pode ouvir um batuque que já cai no samba?
E sofredor, pois aceita o simples conceito de nacionalidade apenas em época de Copa. Depois deste período, que se dane a pátria, que se dane a corrupção, que se dane o desenvolvimento de um país com sérias desigualdades sociais.
Sofredor, pois o único momento de felicidade em que encontra é quando tremula sua bandeira e se esquece que duas horas antes seu patrão estava lhe explorando, que a marginal estava caótica, que o ônibus, bem como todo transporte público fez descaso com seus usuários.
E não adianta vencer Gana por 3 à 0 porque este resultado enGana. O time jogou muito mal, e se não fosse pelo Fênix Ronaldo, aquele que na primeira fase foi execrado, poderíamos estar recolhendo nossas bandeiras, à espera de mais quatro longos anos de maloca e sofrimento.
Mas o nacionalismo impera novamente: "Somos Brasileiros e Não Desistimos Nunca!"

Que venham os franceses.

2 comentários:

Robson Assis disse...

Graças a Deus!

Ninguém nunca vai entender como um povo consegue ouvir um monte do chefe, voltar pra casa pendurado na porta de um ônibus lotado e ainda assim parar um ponto antes, passar no mercado, comprar cerveja e se emocionar com o gol do Gordão!

Só tenho uma coisa a dizer: A carreira do Zidane termina no sábado.

Abraço,
Robas

Robson Assis disse...

ok, retiro o que disse sobre o Zidane.