14 fevereiro 2006

Do Papel à Lan House

Sabe aquele desespero que bate na gente quando a água acaba sem prévio aviso? Ou aquele susto que tomamos quando estamos em frente à televisão e vemos, de repente as luzes se apagarem e a imagem sumir de nosso campo de visão? Pois é, nestes dias que correm é mais ou menos assim que estou me sentindo.
Sem computador, um aparelho relativamente descartável para a sobrevivência de um ser humano, percebo uma lacuna nunca antes vista em meu cotidiano.
Não tenho acesso à e-mails , grupos de relacionamento, tampouco posso ver meus scraps. Mas espere um pouco! Qual é o fundamento de tudo isso?
De bate-pronto posso afirmar que nenhum. Mas se analisarmos este fato com uma ótica “pós-moderna”, acredito que estou vivendo um momento de crise de abstinência virtual.
Mantenho contato com todos meus amigos tangíveis, mas a globalização faz com que eu esqueça do que está próximo e dê mais valor ao intocável.
Talvez essa seja uma explicação para a magia da vida: seguir em busca de pessoas fascinantes, que nos afastam dos códigos binários, mas que nos aproximam da utopia, justamente por estarem distantes.

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