09 junho 2008

Caixas Também se Revestem de Sonhos

Numa caixa revestida de sonhos
Coloquei o mais sincero desejo
De um dia ser alguém menos perverso.

Guardei minhas angústias,
Minhas intrigas,
Minhas limitações.
Uma fita vermelha,
Um adorno delicado,
Mas com cor marcante.

Uma cor que simboliza sangue.
O sangue das almas.
Varridas, destroçadas,
Jogadas numa caixa.

Decerto, forrada de sonhos,
Mas na realidade,
Descobri que nada é tão cruel
Como a caixa da sobrevivência.

Tenha certeza disso:
Se buscar explicação em mim,
Vai se confundir.

Se quiser enfrentar
O futuro confuso,
Sempre buscando a paz,
Serei o mais apropriado
Presente da sua caixa.

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