14 julho 2007

Mutação Exata

Durante a queda pediu informações.
Reergueu-se, mas sem explicações,
Cantarolou o grito de quem apenas cai.
Não sofreu, não fingiu, e agora vai.

Sem excitações divaga em delírios.
Poucas doutrinas em seus martírios.
Bocas e ofensas já não lhe bastam.
Facas pretensas já não lhe castram.

Bicho do mato e da Cidade.
Cidade que mata o bicho saudade.
Fera que foge e não se espanta.
Fúria que corre e não mais levanta.

Por vezes quis deitar e assim ficar.
Por vezes quis subir e assim agir.
Por mais que o sonho não o encontrou.
Por mais que o dia não se apresentou.

Por menos jura que não se vende.
Apenas fecha os olhos e se rende.

Um comentário:

Manuella . disse...

e eu resumo isso em VIVER.


pra que melhor ?