23 julho 2007

Canção de Espinhos

Cante.
Encante o desejo.
Boceje a tristeza, e se for necessário, grite.
Espanque a saudade.
Eis a solidão, que canta e encanta a melodia.
Acordes, sem som.
Acorde e seja o som.
Diga, ao pé do ouvido da alma, que ainda sobrevive.
O coração bate, mas não espanca.
Deveria ser mais sincero a cada batimento.
Deveria ser eterno, mas é quase abatimento.

Canta.
Não se opõe, não levanta.
A boca diz o que encanta.
Os olhos não vão mais mentir.
O véu que cobre a tua honra,
Já se despiu bem sem vergonha,
E agora quer se despedir.
Na hora da partilha o sol se põe,
Finge ser contradição e não brilha ao amanhecer.

Desconhece o sonho.
Desconhece a marra.
Obedece a luta.
E ainda cai na farra.

Canta com carinho.
A canção de espinhos,
Que coroou o amanhã.

Entregou as flores,
Contou seus amores,
E fez da cama o seu divã.

2 comentários:

Unknown disse...

Lindo!
=)

Anônimo disse...

amei neh...como tdos os outros!!
Mas sério, tah mtu legal esse!!
E ó.... brigada por tuuuudo!! Te adoro mtu seu cabeçudo!!!
Bjooooooooooooooos!!!