27 outubro 2006

Abraço

Toda a vontade que tens neste instante, ainda é pouco perante o desejo que tu esqueceras na noite de ontem.
Cansei de te lembrar que desejo não se esquece, se aquece.
Mas não é isso que quero agora, deixo claro em linhas obscuras que preciso de paz. E desejar você é o maior dos conflitos. Estar contigo, nem pensar... bélico demais. Chega de fogo.
Quero alguém diferente.
Alguém que conduza o sonho, e que não ligue para o tempo, nem para as palavras. Que seja mais forte que uma brisa, menos intensa que um vendaval e tão suave quanto à calmaria de um abraço.
Mas que abraço é esse que é absolutamente inconstante?
Triste quando a alma percebe que o corpo faz coisas diferentes de sua essência.
Escapismo válido, quando é dosado, claro.
Mas e quando nos embriagamos em porres degenerados?
Não faço a mínima idéia.
Chega de tentar encontrar respostas para tudo.
Um brinde ao degeneralismo, um brinde aos lesados, um brinde às incertezas que corroem a alma, destroem o corpo, mas que nos deixam felizes por uma noite.
Quanto à paz?
Um dia ela me abraça.

Um comentário:

Paulinha Barboni disse...

Esse tipo de coisa você não questiona, você simplesmente toropeça, como em um mero acaso, mas que tem a capacidade de mudar tudo!
Adorei te ver quinta feira, foi legal roubar comida, rs.

Beijos