10 janeiro 2011

Conjuro

Hoje vivo a saudade.
Não sinto a chuva
- A espremer as nuvens –,
Tampouco a noite, cinza e fria.

Não sou bom em palavras,
Não tenho dom de abstê-las,
Mas dome minha dor,
Que darei a ti minha paixão.

Fonte de magia abstrata.
Não revelo segredos sem pistas.
Labirinto tortuoso de prazer,
Fez morada em meus passos.

E para continuar em saudade,
Abandono a dor e conjuro o amanhã.
Se o passado foi alimento feliz,
Ao amanhecer, a chuva passará.

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