07 dezembro 2008

Bricolagem Abstrata

Não sei se estarei pronto
Quando a chance chegar.
Estive ausente de mim,
Dei férias para min'alma.

Concedi aos meus sonhos
Somente a repetição do abstrato.
Em repouso, não sou mais utopia.
Sou bricolagem de conceitos.

Saudades das anarquias n’alma.
Do tempo em que céu e inferno
Até então se desconheciam.

Apresentaram-se, e, aos poucos,
Fizeram pouco de mim.
Troças de meu ser,
Troço difícil de compreender.

Quem entende, não ensina.
Quem ensina, não aprende,
Quem aprende, nunca repete,
E quem repete, novamente é o abstrato.

Sonhos replicantes,
Chances oprimidas,
Ou uma nova chance de ser feliz?

Assim proferiu a filosofia
De um belo e estranho dia.

Da próxima vez, pode ser pra sempre.

Que esta seja a chance. Nada além.