19 agosto 2007

Mundo da Lua

Não pretendo mais nada.
Não desejo mais nada.
Não tenho mais nada,
Exceto o que é meu.

Levaram o que é meu.
Levaram minha credibilidade.
Levaram meu nome.
E eu, já não sei para onde devo ser levado.

Nunca devi nada.
Nunca desejei passar pelo nada.
Nunca tive abundância de nada,
Exceto quando não dependo de mim.

Quebraram minha banca,
Quebraram-me no banco,
Quebraram o que era branco
E remendaram num mosaico escuro.

Vivo para sobreviver,
Sobrevivo ao parar de viver.
Sem nome, sem rumo, sem prosa.
Abraço o desespero que me acalenta.

Mas ninguém roubará esse momento.
Mais ninguém me roubará em qualquer momento.
Promessas e bravatas dedicadas à alma.
Sonhos e anseios dedicados ao meu coração.

Aos que me devem,
Que gastem tudo em sua mediocridade.
Hipócrita, falsa e de idealismo fajuto.
O amanhã irá nos cobrar.

E a Lua brilhará apenas para os justos.

2 comentários:

Poliana Melo disse...

E tudo que posso dar agora é meu mais puro sentimento.
Receba.

Unknown disse...

"Estarei sempre ai com vc feito um anjinho te protegendo."