26 janeiro 2007

Um vadio no divã

"Vem meu menino vadio, vem sem mentir pra você.
Vem, mas vem sem fantasia,
Que da noite pro dia você não vai crescer".

Chico Buarque


Um menino se foi..
Um homem se apresentou...
Um vadio assumiu o comando.

Dos tempos de menino, o novo comandante tenta apagar da memória qualquer resquício de inocência e pureza.
A doçura que outrora transpareceu reluzente em cada simples sorriso, amargou-se no desprezível olhar vulgar, que voluntariamente mira suas vítimas.
Plural complicado e desconexo: Vítimas!!!
Vítimas que não passam de um adorno para o ego carente do comandante.
Percebe-se que o capitão tem muitas falhas, mas a principal delas se materializou en algum momento da transformação do menino em homem.
Não podemos afirmar que este não presta mais. Contudo, devemos espalhar aos quatro ventos que este homem não prestava até este exato momento.
Neste instante, a criança alegre volta ao comando, apresentando ao novo homem formas mais puras e encantadas de transformar sua vadiagem novamente em erros banais e compreesíveis da razão humana.

Um vadio se foi...
Um homem se reapresentou...
E o coração do menino finalmente voltou a bater.

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