17 dezembro 2008

Grande Prêmio

A pista fica para trás...
Os carros estão em resguardo.
Segue seu rumo,
Com pressa, evidente.
Cansou-se das reclamações
De outrora.
Amigou-se com novas.
Não há sinal de mudança:
Sinal Vermelho!
Lembra-se daquela
Largada promissora:
Sinal verde!
Ultrapassara os limites
Do improvável.
Fez-se vencedor.
Hoje,
Com os braços estafados
De tanto contornar curvas,
Espera a bandeirada final.
Quem sabe seja ela o rumo:
Ou o começo de um
Grande Prêmio.

07 dezembro 2008

Bricolagem Abstrata

Não sei se estarei pronto
Quando a chance chegar.
Estive ausente de mim,
Dei férias para min'alma.

Concedi aos meus sonhos
Somente a repetição do abstrato.
Em repouso, não sou mais utopia.
Sou bricolagem de conceitos.

Saudades das anarquias n’alma.
Do tempo em que céu e inferno
Até então se desconheciam.

Apresentaram-se, e, aos poucos,
Fizeram pouco de mim.
Troças de meu ser,
Troço difícil de compreender.

Quem entende, não ensina.
Quem ensina, não aprende,
Quem aprende, nunca repete,
E quem repete, novamente é o abstrato.

Sonhos replicantes,
Chances oprimidas,
Ou uma nova chance de ser feliz?

Assim proferiu a filosofia
De um belo e estranho dia.

Da próxima vez, pode ser pra sempre.

Que esta seja a chance. Nada além.

02 dezembro 2008

Sabedoria da Inteligência

Tenho nojo dos espertos!
Tão centrados e destemidos...
Fazem da repetição,
A sabedoria imponente.

Decoram passos,
Tagarelam conceitos repetidos,
Desrespeitam o silêncio,
Proliferam sua altivez.

Pontuais ao amanhecer,
Esforçados ao passar do dia,
Não conhecem a noite.
Repousam, sem preparar o amanhã.

Tenho nojo dos espertos!
Que me cercam em Ignorância.
Que veneram a tal Competência.

Que desconhecem a Inteligência.