24 agosto 2006

"A Liberdade dos Patos"

Tu és livre, e é esta liberdade que te perturba.
Não sabes o sentido que tomarás ao ver
O turvo crepúsculo, que antecede a escuridão
Da noite que libertou sua alma, sua essência.

Essência sólida, que se desmancha em um simples talvez.
Simplicidade clara, que se complica na primeira dúvida.
Complicação relevante, que ignoramos sem perceber.
Percepção ignorante, que nos liberta de forma simples.

O amor acalenta a angústia de quem está preso,
E a solidão se alimenta com o fel de quem ama.
A liberdade é a luz tola e inexorável que ofusca a razão.

Tu és livre, e teu primeiro passo, já passa de um erro.
Não enganes teu coração, não perturbes tua quietude.
E sempre ao errar, receba a liberdade como dádiva.