25 abril 2006

Utopia

Em busca da Utopia,
O coração se esconde.
Em busca de respostas,
A consciência se cala.

Em busca da esperança,
O medo te acalenta.
Em busca de aprendizado,
Palavras darão o mestrado.


Em busca de um príncipe,
Encontrarás sempre um sapo.
Em busca de estabilidade,
Vai ver coisas do nosso jeito complicado.

E buscando essa Utopia,
Vivemos a simplicidade da vida.
Por que na busca por alguém, Encontramos duas almas amigas, quase irmãs.

Sem Limites

“Não vá, embora por favor
Pelo menos, escute o que eu vou lhe dizer.
Ainda há tempo, pra recomeçar.
Faço tudo pra você ficar.

Se quiser, até mesmo mudarei
Por você, sem limites eu serei
Comprarei todas as flores pra te dar
Não imagino acordar sem te beijar

Não bata a porta,
Não saia na rua,
O mundo lá fora
É uma outra aventura

Os sonhos se perdem
No céu e no mar
Nos bares e esquinas
Na luz do luar.”

Para Robson Assis: grande irmão mochileiro, anárquista libertário, companheiro de degeneração, bom ouvinte, bom conselheiro e acima de tudo, sonhador sem limites.

Homenagens

Hoje, dia 25 de Abril é dia do aniversário de duas pessoas de extrema importância em minha vida: um tal de Robson Carlos Almeida Assis, popularmente conhecido como Robas, e uma certa cabeçuda chamada Mariana Elias Gomes.
Pessoas distintas e distantes, mas que sempre estiveram presentes nos momentos mais difíceis desses últimos tempos.
Quero deixar claro que este texto não segue nenhum padrão antes visto por aqui: não é conto, soneto, crônica ou poesia. Trata-se apenas de um sincero agradecimento a estas duas almas tão grandiosas que o gerente teve a manha de colocar em meu caminho.
Robas pra vc a nossa primeira composição.
E cabeça, pra vc a minha última.

Obrigado!

21 abril 2006

Ontem não era dia...

Brigo contra o tempo.
Meus brindes já não são mais
Como os do tempo de criança.
Percebo a cada dia como
É triste ser iludido,
E cair facilmente na ilusão.
Estou cansado.
Com uma senhora raiva.
Mas que se Foda!
Hoje não era para escrever nada aqui...
Mas que se Foda!
Ontem não era dia de sonhar também...

17 abril 2006

Vestido Para Amar

Falar de amor é, e sempre será, uma propriedade complicada, pois quanto mais argumentos e teorias abordamos, mais evasivas e inverossímeis são as respostas as quais temos o anseio de descobrir.
Ao nascermos, um raciocínio contundente pode nos dar a prova de que a felicidade não é inerente ao nosso primeiro ato pós-natalino, o choro.
Segundo William Shakespeare: “Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes”.
Este cenário o qual Shakespeare relata não é nenhum palco de “Otelo” ou “Hamlet”, mas sim o cotidiano degradante do aspecto social, ou seja, o palco da vida.
Esta demência também é vista por Nietzsche, que da forma nua e seca salienta que “Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura”.
Ao amar, deixamos de fazer parte do imenso cenário dos dementes e nos integrarmos ao conjunto de novas loucuras abstratas e até mesmo reais daqueles que se esquivam de qualquer tipo de razão.
Fugir da realidade é como querer encontrar todos os dias uma alma gêmea á nossa espera, dobrando a primeira esquina.
Quantas vezes encontramos na vida um verdadeiro amor? Uma alma gêmea? O alguém que fosse o seu número?
Uma...?
Duas...?
Três...?
Quinze vezes...?
Nenhuma vez!?
Toda variação é valida, pois a quantidade de almas que podem se colidir no amor é muito grande, pois existem centenas, quem sabe até milhares de pessoas que foram feitas semelhantes a nós.
Quantas vezes você já viu alguém com uma camiseta igual a tua?
Se você não cai no gosto comum, e se afasta da “demência social” foram raros estes momentos.
Não porque foram produzidas poucas camisetas, mas sim por que existe um universo enorme, onde elas podem ser objetos de premiação de futuros amigos-secretos. Podem vestir uma pessoa no outro lado do país, quem sabe até do mundo.
Quando nos deparamos com alguém usando uma camiseta igual a nossa, vemos apenas mais uma “alma gêmea”, que antes acreditávamos que era única.Sempre que esta camiseta se sujar, ficar velha ou rasgar, podemos ficar nus, mas assim como no amor, nos vestimos com um novo manto de esperança, que nos cobre do frio e nos protege da chuva ácida da demência.

16 abril 2006

“A Simplicidade de Narciso”

O brilho da ultima rajada.
A voz do sentimento latente.
O aperto da dor desajustada
E a revolução que opera a mente.

O fruto da árvore proibida.
O desejo rasgando a castidade.
O prazer de forma dolorida.
A melodia que rege a eternidade.

O som voraz do espanto.
O perfume da rosa caída.
O erro nas aulas de canto.
A felicidade de uma vida sofrida.

O conserto de uma peça perdida.
A certeza de um profundo azar.
O espelho que reflete a sorte.
Não é o mesmo que reluz a morte...

Pois a vida,
Apesar de sofrida,
Continua feliz.

15 abril 2006

A Lenda de Jasmin

As folhas do jatobá caíam pelo chão, assim como as lágrimas de Jasmin, formando um pequeno poço de desespero e revolta. Lá estava ela, pela primeira vez, chorando pelos seus erros e de seu povo. Aqueles olhos de mel perderam a doçura e se entregaram ao pecado comum das civilizações desenvolvidas: O desejo. Seus pais, o Cacique Caruá, e a Xamã Manduru, bem que tentaram afastá-la dos conflitos da vida, mas o espírito guerreiro de Jasmin era a voz que gritava por justiça, quando os espíritos conformistas se davam por vencidos. Jasmin, um metro e setenta de coragem vertical, era uma líder revolucionária, da tribo Bororé, no interior da Amazônia. Conhecia como poucos todos os atalhos daquela mata fechada, um verdadeiro labirinto natural. Corria feito criança, ao redor de onças e cobras, que jamais te colocavam medo. Na verdade, toda a biodiversidade da Floresta Amazônica, era para ela, simplesmente um maior leque de amizades. Sim, Jasmin tinha como melhores amigos, os animais selvagens. Selvagem era Jasmin. Uma fera indomável, que nem seus pais, o tempo, ou até mesmo Deus conseguia deter. Mas, enfim, um dia a fera foi ao chão. Durante anos e anos, décadas e décadas, a luta pelo domínio das terras do extremo norte do Pará, foi travada por homens brancos em busca de fortuna extraída da enorme gama de possibilidades de riquezas naturais da Amazônia,contra nativos da floresta, que apenas defendiam seu habitat histórico. Jasmin, cresceu em meio a conflitos entre seringueiros e madeireiros, mas mal sabia, que em poucos anos, se tornaria uma verdadeira guerreira, e principal defensora da Tribo Bororé. O Cacique Caruá, por várias vezes, proibiu sua filha de participar dos treinamentos secretos dos guerreiros bororés, mas a garota sempre se desvencilhava e encontrava um subterfúgio qualquer para estar junto aos combatentes da tribo. A Xamã Manduru, perdeu as contas, de quantas vezes ensinou à sua filha, seus dotes de feitiçaria e de cura.Jasmin se interessava apenas por táticas de hipnose, e por plantas que possuíam um poder letal, pois estas seriam suas possíveis armas em uma eventual guerra. Com o passar do tempo os pais perceberam que, a transformação da filha em guerreira era iminente e que, mais nada poderia ser feito a respeito. Ambos deveriam abençoá-la e a entregar à Calú, a deusa da guerra bororé. Jasmin foi condecorada guerreira e logo descobriu sua aptidão e traquejo para os assuntos bélicos. O perfume de Jasmin era o feromôneo que a atraia para a guerra. Com o passar do tempo, a índia bororé se tornou um mito, não só por sua profunda coragem, mas também por sua inquestionável beleza. Essa beleza imponente, despertava além de medo aos seus adversários, uma profunda admiração de seus seguidores. Os bororés veneravam sua deusa, e todos queriam a honra de tê-la como companheira fiel. Enquanto disputavam a sua companhia, o cabelo de petróleo, a boca carnuda, os olhos melados, os seios fartos e o corpo troncudo e modulado de Jasmin, nada pretendiam, com homem algum daquela tribo. Nos últimos tempos, as lutas entre bororés e exploradores se intensificaram, e Jasmin declarou estado de alerta máxima na tribo. Em um dia de festa, os bororés comemoravam a captura de um jovem explorador, que se perdeu na floresta e, que implorava por sua vida.O Cacique Caruá, não deu ouvidos as preces daquele pobre coitado, e decretou que o invasor deveria morrer. Pela primeira vez, Jasmin teve pena do homem branco, mas jamais poderia questionar uma decisão de seu pai. A guerreira olhava o homem com profunda piedade, e o invasor olhava para ela como se estivesse hipnotizado. Sua morte seria menos dolorosa, pois estava encantado com a magia da deusa selvagem. A índia bororé realmente não conseguia tirar os olhos do forasteiro, mas as razões, pelas quais se envolvia em piedade, jamais sentira antes. Seu coração disparava em ritmo de batalha. Seus olhos se fixavam como se estivesse frente a frente com o perigo. Sua respiração era ofegante e sua transpiração era incontrolável.

"- O que será isso?

- O que está acontecendo comigo?

- Por que não consigo odiar este homem?

- Como posso salva-lo?

- Será que meu pai irá me ouvir?

- Será que estou enlouquecendo?

- Será que ainda sou uma guerreira?

- Não sei Jasmin”.

Juro que não sei, respondia sua confusa consciência.
Mais uma vez Jasmin correu...
Agora para se pintar para a guerra. Estava pronta para enfrentar seu pai, sua tribo, seu mundo. Jasmin estava realmente enlouquecida e esta loucura que alimentava sua alma, lhe dava a maior coragem que um guerreiro pode ter: O amor. Não sabia explicar o porquê, apenas sentia. Algo deveria ser feito para impedir a morte daquele que, pela primeira vez, flechou o coração de uma deusa. O Cacique Caruá estava pronto para o ritual. Seus súditos tribais aguardavam impacientemente pelo derramamento do sangue inimigo. Jasmin voltou o mais rápido possível, agora pronta para a guerra, mas era tarde demais. Seu forasteiro já estava no chão e seu povo já comemorava. Foi neste instante, em que as folhas do jatobá caíram pelo chão, assim como as lágrimas de Jasmin, formando aquele pequeno poço de desespero e revolta.
Jasmin fez o mais eloqüente discurso de sua vida, condenando o ato, que de forma alguma seguiu os verdadeiros princípios bororés de Justiça, Paz e Liberdade.
Mas enquanto gritava com seu povo e secava suas inconformadas lágrimas, ouviu a milagrosa voz daquele que invadiu seu coração. Ao lado do forasteiro, que se levantava um tanto quanto inconsciente, estava a Xamã Manduru, que colheu uma das folhas de jatobá banhadas com as lágrimas de Jasmin, e deu ao invasor.

Dizem que tudo isso não passa de lenda, mas o fato é que depois desse acontecimento, o homem branco e os nativos bororés passaram a se integrar em perfeita harmonia.E, mesmo ninguém sabendo se o forasteiro foi salvo pelo poder da xamã, ou pelo amor de Jasmin, não há nenhum ser daquela região que não acredite que essa lenda é tão real quanto a intolerância ou o poder do amor.

14 abril 2006

Caminho Sem Volta...

A partir de hoje, as mentes degeneradas se unem para a consolidação de uma idéia um tanto quanto pretensiosa, mas completamente tangível enquanto os argumentos forem discutidos e idealizados, com a solidez de quem não abandona a razão, e acredita que a dor de um Degenerado e o alimento para a sua felicidade.


Sejam Bem-vindos ao Degeneralismo!


Nossa página: http://filosofiadegenerada.blogspot.com

Bateu a trinca!!!

13 abril 2006

Fazendo Escola

Texto brilhante do meu irmão de degeneração Felipe Dias, vulgo Doido, com a colaboração do mochileiro Robson Assis, o Robas.

Acompanhe agora o nascimento de uma nova corrente filosófica: Degeneralismo ou neo-arcadismo.

"O Degeneralismo é uma escola literária surgida no Brasil no século XXI, o nome deriva do termo degenerado, utilizado em discursos nazistas para evidenciar a repulsão a toda forma artística de judeus e não arianos, as famosas artes degeneradas.As principais características desta escola são a exaltação da razão, a busca constante do gozo da vida (carpe diem), a fuga da cidade (fugere urbem) , simplicidade, uso de linguagem simples, crítica política, por algumas dessas características o Degeneralismo pode ser também chamado de Neo - Arcadismo.Não se sabe ao certo, mas dados históricos apontam que o Degeneralismo nasceu em uma república de estudantes no bairro da Liberdade, centro de São Paulo, com o lema central "Até quando?!"Dentre os maiores pensadores temos Felipe Dias, pseudônimo Doido, escritor que exalta a razão na maioria dos seus textos. Robson Assis, pseudônimo Robas autor de textos com alto teor de crítica social. Hugo Leonardo, pseudônimo Droopy, crítico e estudioso nas áreas teologicas e sociais, peça chave no desenvolvimento do movimento. João Luiz, pseudônimo Pau de Galak, criador de textos inigmáticos, com grandes influências européias. Eduardo Ferreira, pseudônimo Duds, se aprofundou no conhecimento da razão humana e suas vertentes.A escola surge em uma época em que as pessoas se preocupam com sentimentos de outras, esquecendo muitas vezes dos seus próprios. Muitos se entregam sentimentalizações e acabam com vidas médias, aparentemente comuns. O Degeneralismo vem romper com esse pensamento, libertando as pessoas do sentimento e entregando-lhes de volta a razão".


Para saber mais sobre esta escola, entre no blog destes integrantes e tire suas conclusões sobre como funciona a mente de um degenerado.

12 abril 2006

Em construção...

... eu não queria repetir, mas até quando???

10 abril 2006

Cabeça Partida

Sorte para quem começa uma vida nova, com novas pessoas ao seu redor e novos traçados.
Às vezes é bom imaginar que as coisas vão dar certo, mesmo sendo praticamente impossíveis de serem realizadas de uma forma tranqüila.
Às vezes é convencional sonhar com o que está distante.
É hora de acordar novamente.
Mais uma vez levante sua cabeça homem!

Não se preocupe com o brinde que acabou de ganhar e muito menos não ligue para o que pode acontecer.
Deixe as coisas acontecerem naturalmente e tente reverter a dor que agora sente por perceber que já não é mais o dono dos planos de quem tanto quer bem.

É hora de viver sua vida. Única e exclusivamente viva sua realidade.
Pare de sonhar e entenda que chegou a hora de viver uma vida convencional e ainda com um Kinder Ovo, mas não se preocupe com isso, pois se souber lhe dar com esse fato sairá de boa dessa.

Fique bem cara, e não esquece de fingir que nada aconteceu.

A melhor hora da sua vida pode estar bem por aqui e você até hoje não a notou.

Força!!!

Sublime Beleza

Não falta muito tempo, estou chegando.
Marque os dias, conte as horas e não esqueça
A tua ansiedade, pois mesmo daqui,
Ela me aproxima cada vez mais de ti.

A cada passo tordo, ou simples tropeço,
Percebo a força que a distância tem em
Nossas vidas, e o quão dependentes somos,
E nem sabemos quem somos direito.

Façamos de nosso primeiro encontro
Um reencontro. Que ele seja um momento
Único e eterno para o resto de nossos dias.

Sei que vamos sentir a dor da despedida, o poder
Caustrofóbico da saudade, mas acima de tudo,
Conheceremos a sublime beleza de um abraço de quem ama.

08 abril 2006

Início da Fundamentação Degenerada

“Uma vida sem degeneração não seria vida, e sim uma pseudo-sub-existência”.

Renata Cavalcante


Se existem várias versões sobre a origem e iniciação da vida humana na terra, pouco pode ser dito em relação à validação desta existência.
Poucos foram aqueles que saíram do submundo da mesmice e atingiram lugar significativo na história da humanidade.
Menor ainda é o número daqueles que não aceitam as imposições e normas vigentes do status quo do meio social.
Renegar o que é de praxe, questionar o que é certo, infringir o que é legal, blasfemar sobre o que é sacro, são apenas algumas das características de um ser degenerado.
Certa vez, brinquei que me regenero me degenerando, e a frase foi aceita por toda a “cúpula degenerada”, tornando-se um verdadeiro princípio desta nova “corrente filosófica de buteco”.
Um dos maiores escritores da literatura mundial, o alemão Jonn Wolfgang Goethe acertou ao dizer que: "Enquanto não souberes morrer e renascer, serás um viajante aflito a errar na terra escura."

Não existe fórmula para vencer na vida, sem derrota.
Por outro lado, não existe derrota que seja tão significativa ao ponto de perdermos a ânsia de viver.
A degeneração é a existência e a comprovação da essência humana. Todos os pensamentos que vão contra esta tese se unem no que podemos chamar de uma pseudo-sub-existência intelectual.

"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela."

Charles Chaplin

03 abril 2006

Breve Teoria do Conhecimento Desconhecido

Conheço o desconhecido.
Desconheço o imaginário.
Imagino o que é real.
Realizo um antigo sonho.
Sonho com o que é intenso.
Intensifico o que é diferente.
Diferencio o que é estranho.
Estranho o que é belo.
Embelezo o que é complicado.
Complico o que é relativo.
Mas aprendo a tornar relativo o que é desconhecido,
E às vezes desconheço os sentimentos mais simples que qualquer um deveria conhecer.